domingo, 6 de julho de 2014

Momento


Edith

Com o mundo em constante evolução, as pessoas se tornaram estranhos no mesmo ninho; o progresso, com tanta tecnologia, desuniu a humanidade.
A cada século, são reformulados os conceitos dos homens, tornando-os egoístas, indiferentes com aqueles que não conseguem acompanhar essas engenhocas descartadas a cada dia, destruindo o planeta com lixos perigosos
A sólida  argamassa que prendia os azulejos na parede está se soltando; caem pelo chão os fragmentos. Os cacos ferem a quem tenta segurá-los, deslizam numa frenética dança, errando os passos ao tentar unir os pares no compasso da valsa cadenciada em que os casais se comunicam com os pés, nu abraço ritmado, com um sorriso dissimulado no olhar.
Ninguém mais vive essa cumplicidade que eleva o espírito a Deus; se a consciência é o espelho da alma, porque não deixamos esse reflexo agir sem mágoas na vida?
Sabemos que os tempos estão findando, vamos dar as mãos nesse toque fraterno que Jesus espera da humanidade.


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