Eli Hilda
Joana encontrou um lindo rapaz que se chamava Jair. Mas, para seu desejo, não era o que queria.
Mesmo assim, casou com ele.
Enquanto era solteiro, ele viajava para os destacamentos
do exército e, quando em vigem, lhe escrevia lindas cartas de amor. Só não eram
respondidas pela moça pois seu amor pelo rapaz era pouco e ela não queria que se
apagasse. Então, a mãe de Joana respondia todas, o que Jair descobriu só depois
que se casou. Mesmo assim, ele a amou até o dia de sua morte, e lhe deixou
quatro filhos, as razões de seu viver.
Hoje ela, ao lembrar, se pergunta: “será que se o amasse
como ele nos amou, talvez fosse uma linda história de conto de fada?”
Pois, antes de morrer, ele falou: “vou morrer te amando
para que, em outras vidas, eu te encontre e, daí, continuamos nossa história.
Ela olha para o passado e lembra: “será que, lhe amando
tanto quanto fui amada, ele ainda não estaria vivo? Pois o amor atravessa muitas
barreiras, ele se sentiria amado, largaria os vícios e viveria muito mais.”
Joana sempre fala que ela teria que ter mudado seu jeito
de tratá-lo. Acha-se, no fundo, culpada.
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